quinta-feira, 17 de maio de 2012


UM VESTIDO NOVO CADA HORA




UM VESTIDO NOVO CADA HORA

A moça de pele cor de canela
Tendo roupa velha e deslavada
Arrasta o seu saco pelo lixão.
À noitinha volta na favela
Triste, faminta, extenuada,
Encontra de novo a solidão.

Alguém bate à porta do barraco,
È uma senhora elegante
Que no lixão a vira de manhã:
"nunca mais vai pegar o seu saco"
"cuidarei de você doravante"
"vem, sua vida não mais será vã".

Muda visual da catadora
A sua beleza  destacando
A transforma numa linda mulher.
Agora parece uma senhora
Numa passarela desfilando.
Ela está feliz: é um novo ser!

Aquela senhora elegante
Abriu as portas do seu coração
Não conhecendo a moça, porém,
Mostrou amor àquela errante.
E nunca se arrependerá, não,
De uma vez mais ter feito o bem.

Sua roupa velha e deslavada
Naquele lixão já foi jogada
Pela simples garota do povo.
Modelo. E bem famosa será!
E para sempre ela vestirá
Cada hora um vestido novo.

Victor alexandre



Nota:
Caso verdadeiro em que a atriz Giovana Antoneli  ajudou um catadora de lixo de pele escura a ser modelo internacional





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